Charlie Hebdo “Journal irresponsable”
e a liberdade de Expressão
No
dia 14 de janeiro sai para as bancas o mais polémico jornal satírico francês
com estas palavras – Tout est pardonné (tudo está perdoado). Irónico, como
sempre, lança mais uma acha para a fogueira, na qual devem estar a arder os
criminosos que tiraram a vida, à queima-roupa, sem dó nem piedade, aos
jornalistas/cartoonistas e policias que nem sequer tiveram tempo de se defender
física ou judicialmente.
A
liberdade de expressão e o laicismo ainda têm de fazer o seu caminho, pois
provou-se aqui, neste ato de barbárie que o politicamente correto e os dogmas
religiosos pairam no ar constantemente, assombrações do passado revisitadas, às
quais alguns ainda se agarram para manipular e convencer os cidadãos que pensar
pela sua própria cabeça é um crime!
Espantes
o comum cidadão, depois de ter lido a publicação já citada, a equipa do Charlie
Hebdo “ri-se da situação” afirmando com desenvoltura que até fizeram trinar os
sinos da catedral Nortre-Dame em honra dos que tombaram nesta carnificina,
sabendo nós que todos defendiam o laicismo. Assim, apesar de sentirmos que o
sofrimento interior dos que sobreviveram é insofismável, mostraram que numa
república democrática, em que se preza a LIBERDADE e em particular a liberdade
de expressão, jamais haverá conformismo perante imposições de qualquer ordem
que pretendam coartar os Direitos do Homem!
O
Homem escolhe os seus caminhos, procurando dar sentido à vida, foi-nos dado o
livre arbítrio, façamos as nossas escolhas com sentido de responsabilidade; e
porque não nos rirmos de nós próprios, teremos a coragem de o fazer!?
Como
amante do jornalismo e da LIBERDADE, junto-me à causa e afirmo “Je suis
Charlie”!
Prof. Max Teles