sexta-feira, 23 de janeiro de 2015


Charlie Hebdo “Journal irresponsable” e a liberdade de Expressão

                No dia 14 de janeiro sai para as bancas o mais polémico jornal satírico francês com estas palavras – Tout est pardonné (tudo está perdoado). Irónico, como sempre, lança mais uma acha para a fogueira, na qual devem estar a arder os criminosos que tiraram a vida, à queima-roupa, sem dó nem piedade, aos jornalistas/cartoonistas e policias que nem sequer tiveram tempo de se defender física ou judicialmente.

                A liberdade de expressão e o laicismo ainda têm de fazer o seu caminho, pois provou-se aqui, neste ato de barbárie que o politicamente correto e os dogmas religiosos pairam no ar constantemente, assombrações do passado revisitadas, às quais alguns ainda se agarram para manipular e convencer os cidadãos que pensar pela sua própria cabeça é um crime!

                Espantes o comum cidadão, depois de ter lido a publicação já citada, a equipa do Charlie Hebdo “ri-se da situação” afirmando com desenvoltura que até fizeram trinar os sinos da catedral Nortre-Dame em honra dos que tombaram nesta carnificina, sabendo nós que todos defendiam o laicismo. Assim, apesar de sentirmos que o sofrimento interior dos que sobreviveram é insofismável, mostraram que numa república democrática, em que se preza a LIBERDADE e em particular a liberdade de expressão, jamais haverá conformismo perante imposições de qualquer ordem que pretendam coartar os Direitos do Homem!

                O Homem escolhe os seus caminhos, procurando dar sentido à vida, foi-nos dado o livre arbítrio, façamos as nossas escolhas com sentido de responsabilidade; e porque não nos rirmos de nós próprios, teremos a coragem de o fazer!?

                Como amante do jornalismo e da LIBERDADE, junto-me à causa e afirmo “Je suis Charlie”!

                                                                                                                             Prof. Max Teles

terça-feira, 20 de janeiro de 2015


21.ª Edição

O Clube de Jornalismo da EBIG deseja um bom ano letivo de 2014-2015 a todos os docentes e funcionários.

O Jornal Escolar só existe se tiver artigos ligados às vossas atividades que vêm desenvolvendo ao longo do período. No entanto, tem-se verificado um certo distanciamento entre o que é feito no nosso agrupamento de escolas e o que é publicado.

Como coordenador do Clube de Jornalismo – responsável pela elaboração do Jornal Escolar - apelo a todos para uma maior participação com artigos e fotos dos vários eventos ou trabalhos que alunos, professores e funcionários tenham organizado ou participado.

A 20.ª edição do Jornal Escolar Palavras d’Encantar em papel, já seguiu para todas as escolas do nosso agrupamento, para as Juntas de Freguesia; para as Casas do Povo, entre outras entidades externas. Consultem o Blog do Clube de Jornalismo da EBIG - http://clubedejornalismoebig.blogspot.com/

Com os nossos sinceros cumprimentos.

 

Coordenador do Clube de Jornalismo

 

20.ª Edição

A Escola Azul


Já lá vão dez anos! Como o tempo corre!

Hoje, recordo o processo que levou à construção desta escola “azul”.

             A ideia de se construir uma escola na costa sul do concelho de Ponta Delgada apareceu nas eleições autárquicas de 1986. Assim, se pensou em resolver o grande problema dos estudantes que, desta zona, após o 2.º ano da Telescola, se deslocavam diariamente para Ponta Delgada, obrigando-os a levantar bastante cedo (nas Sete Cidades pelas 6:00 horas) e muitas das vezes só regressavam a casa às 20:00 horas. Apesar destes contratempos muitos dos nossos jovens, foram heróis e singraram na vida estudantil,… outros nem tanto.

No entanto, a boa nova não passou de uma mera publicidade política com o intuito de angariar votos. O próprio partido que lançou a ideia (partido no poder) comprometia-se, em panfletos de propaganda eleitoral, construí-la em duas freguesias: Feteiras e Ginetes. Pelo que nasceu um conflito de interesses entre as duas freguesias. Pela localização da escola nas Feteiras, para além da sua população, muitos dos intelectuais residentes em Ponta Delgada que viam na proximidade da cidade uma mais-valia para os professores nas suas deslocações diárias. A favor da construção da escola nos Ginetes estavam as populações desta e das freguesias situadas a sul e alegavam que a escola deveria ficar centralizada para melhor servir os alunos, como a parte mais interessada.

Este conflito de interesses levou a que nas eleições autarquias de 1989, o partido em questão já não apresentou esta proposta eleitoral alegando que, devido à redução da natalidade, deixou de se justificar a construção de mais uma escola. No entanto, a proposta de se construir a escola nos Ginetes passou a fazer parte nos prospetos dos outros partidos, nomeadamente a coligação PS, CDS, PRD.

Com a vitória do PS em 1997, a proposta eleitoralista começou a ganhar forma. Ainda em 1998 o projeto para a escola foi a concurso. A firma do arquiteto Farelo Pinto (o mesmo que projetou a escola das Laranjeiras) ganhou o concurso e o projeto da escola foi apresentado publicamente, em agosto de 2000, na sede da Banda Filarmónica Minerva dos Ginetes.

Dois terrenos reuniam as condições para a construção da escola: a Lomba da Correia e o terreno das “Quintas” no Caminho Novo. Foi escolhido o terreno do Caminho Novo porque e uma vez que a maioria dos frequentadores da escola (professores) viriam de Ponta Delgada ao obrigá-los a passar pelo centro da freguesia, os cafés e casas comerciais poderiam beneficiar com possíveis paragens.

Pelo que foram adquiridos 25.865 m2 ao senhor José de Melo e nele se construiu a Escola “Azul” que, na altura, orçou em 7. 273. 288.93€.

A empreitada de construção foi atribuída por concurso à sociedade Engil SA, Sanibetão e Luis Gomes Lda. A empresa Tavares Vieira, lda foi a responsável pela fiscalização. As obras tiveram o seu início em setembro de 2001

Em 15 de setembro de 2003 procedeu-se, com toda a pompa e circunstância, à inauguração do EB 2,3 de Ginetes.

Recordo ainda um facto humorístico ocorrido durante uma visita à obra do então presidente do Governo Regional Carlo César. Ao pedi - lhe a iluminação para o campo de relva sintética, um engenheiro, introduzindo-se na conversa, fez o seguinte reparo.” O senhor professor! Sabe que o Eusébio foi o melhor jogador do mundo … e não teve as instalações desportivas que aqui vemos!” Ao que lhe respondi de pronto “Saiba senhor engenheiro, que, nas horas em que pensamos utilizar este espaço, já o Eusébio estaria dentro da palhota com o medo do leão.” … houve gargalhada geral … com parabéns e tudo,… mas de iluminação… nada.


O Presidente do Conselho Executivo

Prof. José Domingos Fonte

 

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Editorial 19.º Edição Jornal Escola Palavras d'Encantar
   
Um novo ano letivo principiou – 2013-2014 – com novos membros no Conselho Executivo; Conselho Pedagógico e Assembleia de Escola.
    Permitam-me que transcreva algumas palavras que proferi aquando da minha tomada de posse.
    «Assim, o balanço que faço destes seis anos de convivência como docente, e alguns meses como Presidente da Assembleia de Escola, levam-me a dizer que a equipa cessante do Conselho Executivo soube ter a paciência e o equilíbrio necessários para quem comunga de uma tamanha responsabilidade. Alguns dirão que se cometeram erros ou falhas, sou o primeiro a afirmá-lo, mas penso que o ambiente criado nesta escola ao longo dos seus dez anos de existência, refletem muito a personalidade do seu Presidente e da sua equipa. É por demais evidente o amor que sente por este estabelecimento de ensino, projetando nele sentimentos e emoções que se traduzem num contágio aos seus colaboradores mais diretos e à restante Comunidade Educativa. Só quem está de passagem é que demora alguns dias a perceber isso, mas mesmo esses sentem logo uma aura de empatia no primeiro contacto.
    Apesar de acreditar que esta equipa cessante tem as suas virtudes, gostaria de ter assistido a uma maior participação democrática, traduzida em mais listas, refletindo a pluralidade de ideias que muitas vezes são ditas em surdina, não se verificando uma disponibilidade necessária por parte de quem pensa de forma diferente. Ora, se a crítica é bem-vinda, também é verdade que se deveria materializar e sujeitar-se ao escrutínio da Comunidade Educativa.
    […] Estou certo que muitos problemas surgirão durante estes próximos três anos de mandato, vivemos em tempos de crise, muito difíceis para todos nós. No entanto, temos uma missão a cumprir, todos devem dar o seu melhor no seu posto de trabalho, só assim conseguiremos transformar o “Cabo das Tormentas” no “Cabo da Boa Esperança. A esperança leva-nos a acreditar que nada está perdido, para a frente é que é caminho, e o exemplo de perseverança que esta equipa cessante nos deu, impele-nos para continuar e nunca desistir daquilo que pretendemos fazer, por mais difícil que seja o obstáculo.
    Agora […] irei […] abraçar uma nova e árdua tarefa que aceitei de bom grado, por acreditar que posso contribuir com o meu empenho e trabalho, na procura de soluções para as vossas preocupações pedagógicas e outras. É com satisfação que integro esta nova equipa para o Conselho Executivo.
    Em jeito de conclusão e para não ser fastidioso, peço desde já aos meus colegas do Conselho Executivo e restante Comunidade Educativa um período de carência e paciência, para “o novo estagiário”. […] Finalmente, desejo ao Senhor Presidente do Conselho Executivo e à sua nova equipa, toda a sorte do mundo para levar este “Barco” a bom porto.»
    Como  Vice-Presidente do Conselho Executivo desta EBI estou sempre à vossa disposição, naquilo que puder ajudar e estiver ao meu alcance. Obrigado!
                          
         O Coordenador do Clube de Jornalismo
                                                       Prof. Max Teles


quinta-feira, 20 de junho de 2013


Editorial

Vivem-se dias conturbados na Educação.

Hoje, como nunca, a classe docente tem motivos para se preocupar com o seu futuro! O argumento de que o objetivo da Educação é o sucesso dos alunos, esse, está cada vez mais longe de ser concretizado e levado a sério, pois onde está a motivação de um professor que tem constantemente na sua frente o espetro do “não preciso de ti! Preciso de reduzir custos!”

Os fatos são perentórios, o Ministro da Educação afirma que “O alargamento para as 40 horas semanais aplica-se no próximo ano letivo”, garantindo que esta mudança não irá aumentar o tempo de trabalho em sala de aula. Defendendo ainda que “Os professores, na realidade, já trabalham 40 horas por semana”, e confirmando que “a componente letiva mantém-se do ano passado para este ano”. Puras verdades, entre a escola e o doce lar, as horas de trabalho ultrapassam largamente as 40 horas semanais, mas se assim é, deveria haver mais respeito por aqueles que veem a sua profissão como um desígnio e não como um emprego qualquer! Assim, de acordo com o despacho normativo do próximo ano letivo, divulgado pelo Ministério da Educação e Ciência (MEC), os professores terão a mesma componente letiva no próximo ano letivo, com 25 horas semanais para os docentes do pré-escolar e do 1.º ciclo do ensino básico e 22 horas para os restantes ciclos, incluindo a educação especial. E não poderia ser de outra maneira, poderíamos correr o risco de engrossar a lista de espera do psicólogo ou do psiquiatra!

Esperemos bom senso por parte de quem nos governa, pois os professores são pessoas equilibradas, treinadas para serem pacientes com os seus alunos e ajudá-los a vencer na vida. No entanto a paciência tem limites, sobretudo com aqueles que já os ultrapassou largamente!

Viva a Educação!

O Coordenador do Jornal Escolar Prof. Max Teles

 

quinta-feira, 4 de abril de 2013


17.ª Edição
Editorial

Procuram-se hábitos de leitura

Todos nós sabemos que nas duas últimas décadas têm-se verificado rápidas e profundas mudanças na sociedade que exigem aos indivíduos competências que os tornem capazes de filtrar e utilizar uma série de informações provenientes das mais diversas fontes. Os hábitos de leitura são uma prática indispensável para o acompanhar de uma sociedade cada vez mais exigente e global. Quem se atrasar nesta “corrida” poderá perder um lugar de sucesso na sua vida profissional, social e cultural de uma forma irremediável. 

Como o disse Sónia Neves (UPT) “Portugal apresenta índices de literacia da leitura muito baixos, pelo que têm vindo a ser implementadas medidas a nível nacional, no sentido de inverter esta situação. À escola compete minimizar desigualdades advindas de contextos familiares diversos. Sendo a leitura um veículo privilegiado de desenvolvimento e humanização da sociedade, o ensino deve contribuir para o aumento dos hábitos de leitura dos alunos, promovendo a formação de leitores e contribuindo para o sucesso educativo dos alunos, preparando-os para o exercício de uma cidadania responsável e ativa. Os hábitos de leitura favorecem o sucesso escolar e que, apesar de inserida num contexto sociocultural desfavorecido, a escola pode estimular a criação e o desenvolvimento de hábitos de leitura.”

Vários estudos apontam precisamente para o papel preponderante da escola nesta meta a desenvolver e a atingir. No entanto, penso que deveria haver também uma maior responsabilização dos encarregados de educação no incentivo à leitura. Se estes não o tiveram em tempo útil, têm agora uma oportunidade única no acompanhamento dos seus educandos, pois todos os estudos apontam, como já foi referido, que os hábitos de leitura favorecem o sucesso escolar.

O Coordenador do Jornal Escolar

Prof. Max Teles

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013


Editorial


FMI “Desculpas”!!!


 


            FMI reafirma: O principal fator de custos e ineficiências no setor da educação é o baixo rácio aluno-professor.


            Os autores do Relatório do FMI limitaram-se a ler as estatísticas de educação e a compará-las com as de outros países da OCDE que gastam menos em Educação e têm melhores resultados. O baixo rácio aluno/professor em Portugal é uma evidência.


            O principal fator de custos e ineficiências no setor da educação é o baixo rácio aluno-professor, que reflete a presença de muitos professores com diminuição ou ausência de componente letiva”, lê-se no estudo.


Antes disto, já os técnicos tinham escrito que as áreas da educação e da segurança mostram “ineficiências” e “empregam mais pessoas” que os países pares. Fonte: Jornal de Negócios


            Poderia dizer — SEM COMENTÁRIOS!           

            Mas como professor avisado, penso que é por demais evidente a preocupação puramente estatística que estes estudos (encomendados) demonstram.

            Numa sociedade em crise, provocada por acontecimentos internos e externos (não vale a pena aqui enumera-los), quem sofre são sempre os mesmos. E um dos pilares do estado em particular — a EDUCAÇÃO !

Seria melhor, quem dirige, pôr a mão na consciência e olhar-se ao espelho, pois as imperfeições começam em nós mesmos!

            Salvem a EDUCAÇÃO desta selvajaria!

                                                                      

                                                                       O coordenador do Jornal escolar

                                                                       Prof. Max Teles